É inegável que o petismo tem por hábito apoiar incondicionalmente qualquer ditador ideologicamente alinhado com o partido. Este apoio não se dá apenas por palavras, mas também por ações como o programa Mais Médicos, que hoje sabemos não ter ado de um meio de financiar a ditadura cubana sob o pretexto de ajudar brasileiros em áreas carentes de profissionais da saúde; ou o projeto da refinaria Abreu e Lima, uma camaradagem com o chavismo que terminou em calote venezuelano. Nas poucas vezes em que é forçado a reconhecer os arbítrios e a violência cometidas por seus carniceiros de estimação contra os cidadãos de seus países, Lula relativiza, como quando disse que “essas coisas [no caso, a repressão aos protestos de julho de 2021] não acontecem só em Cuba, mas no mundo inteiro. A polícia bate em muita gente, é violenta”. 49505

Não há como considerar “democrata” ou “moderado” quem apoia de forma tão enfática regimes ditatoriais como o cubano, o venezuelano ou o nicaraguense. Lula pode se esquivar o quanto quiser, mas seus vídeos e as inúmeras notas oficiais do PT atestam de forma inegável o que ele agora quer esconder sob um discurso falso de “autodeterminação” e “não interferência”. Seu objetivo continua sendo o de alinhar novamente o Brasil ao que há de pior na América Latina, dando o respaldo do maior país do continente para que déspotas continuem oprimindo seus povos.